A carboxiterapia é feita com o uso de um aparelho acoplado a um cilindro de gás carbônico medicinal. Este equipamento regula a vazão do gás (que pode atingir, no máximo, 80ml de gás por minuto) para uma seringa com agulha de calibre mínimo. A profundidade da aplicação da agulha varia em cada caso. "Para tratamento de celulite a agulha é inserida entre a pele e a gordura, já no tratamento da estria, o gás carbônico é aplicado dentro da cicatriz", explica o cirurgião plástico André Colaneri, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica..
O gás carbônico atua dilatando os vasos sanguíneos e estimulando a formação de novos vasos sanguíneos, promovendo melhor irrigação de sangue nos tecidos e, consequentemente, melhor oxigenação da região tratada. O gás carbônico atua também no rompimento de fibroses do tecido subcutâneo. Alguns estudos mostram o favorecimento de formação de colágeno e elastina e efeito lipolítico (quebra das células de gordura) decorrente da carboxiterapia.
O cirurgião plástico André Colaneri recomenda, principalmente, o uso da carboxiterapia para o tratamento da celulite. "O desenvolvimento da celulite passa por três fatores: edema, gordura e fibrose - a carboxiterapia é o único tratamento que atua nesses três níveis", explica. O edema é resolvido pela dilatação dos vasos e otimização da circulação, a fibrose é rompida pela injeção de gás, e a gordura mais facilmente queimada pelo aumento do metabolismo que ocorre no local. "É o tratamento mais completo em comparação com outros, como endermologia e drenagem linfática, por exemplo", conta o cirurgião plástico.